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Após problemas no pulmão, jovem resolve fazer alerta sobre riscos do vape e viraliza

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O jovem norte-americano, Joe Lawrence, de somente 25 anos, viralizou recentemente no X (antigo Twitter), ao compartilhar uma história pouco agradável, mas que deve servir como alerta para muitas pessoas. 

Segundo seu relato, por conta do seu costume de fumar vape diariamente durante um bom tempo, ela acabou desenvolvendo um “buraco no pulmão”.

“Outro dia, fui levado às pressas para o pronto-socorro sem conseguir respirar. Quase tive um colapso total do pulmão”, relatou Lawrence. Mesmo tendo abandonado o hábito há cerca de um ano, Lawrence relata que ainda sofre as consequências de ter utilizado o cigarro eletrônico de maneira exagerada. 

Segundo Lawrence, ele gostava de experimentar os vapes aromatizados com frutas, mas abandonou completamente a prática após descobrir que seus órgãos estavam sofrendo danos graças ao processo de vaporização dos cigarros eletrônicos. Por conta do seu hábito, o pulmão de Lawrence literalmente estava “vazando ar” devido aos danos causados pelo uso contínuo de vape. 

Lawrence conta que foi diagnosticado com pneumotórax traumático, que é a formação de uma cavidade no pulmão que possibilita a passagem de ar para o espaço antes vazio entre o órgão e a caixa torácica. 

Essa condição, apesar de não ser fatal, tende a provocar bastante desconforto aos pacientes, exigindo cuidados específicos para se recuperar. Dessa forma, Lawrence foi submetido a um tratamento hospitalar que visava retirar o ar acumulado na região torácica fora do seu pulmão, a fim de que o órgão se recuperasse. 

Para se recuperar totalmente, além de se submeter a um tratamento específico e abandonar o vape, o norte-americano também precisou adotar um estilo de vida mais saudável. 

Após esse infortúnio, Lawrence decidiu alertar outras pessoas sobre os perigos do uso contínuo do vape. “Se você fuma, por favor, pense em parar. Outro dia tive um buraco no pulmão e precisei ser levado às pressas para o pronto-socorro porque não conseguia respirar. Felizmente estou bem. Por favor, cuidem-se e parem de usar, não vale a pena”, escreveu o norte-americano no X. 

Hábito comum

Lawrence está longe de ser o único jovem que aderiu ao uso do vape nos últimos anos. Segundo a pneumologista do Hospital São Luiz Itaim, Andrea Sette, muitos jovens acreditam que os cigarros eletrônicos não causam nenhum dano à saúde e acabam adotando esse hábito. Todavia, a especialista ressalta que tal postura não passa de uma ilusão.

Em entrevista ao Metrópoles, Andrea Sette relata que tem se tornado recorrente o atendimento de jovens e até menores de idade nos consultórios médicos com sintomas característicos do uso indiscriminado de cigarros eletrônicos. Ela destaca que os pacientes normalmente apresentam falta de ar, asma exacerbada, tosse e, nos casos mais delicados, quadros de insuficiência respiratória aguda e pneumonia.

Regulamentação no Brasil

Desde 2009 existe uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que proíbe a fabricação, importação, comercialização e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos também como cigarros eletrônicos ou vapes

No final de 2023, foi aprovada a criação de uma consulta pública para decidir se essa proibição deveria continuar em vigor ou não. Todavia, a Anvisa ainda não terminou de analisar todos os dados coletados na consulta pública. 

Já existe consenso há algum tempo entre os médicos de que os vapes oferecem um risco real à saúde pública, e alguns argumentam que eles são tão  perigosos quanto os cigarros comuns. 

Em contrapartida, os defensores da regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil apontam que a ausência de regras claras para fabricação, importação e comercialização desses itens fazem com que os produtos vendidos no país sejam de baixa qualidade e ilegais.