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7 problemas com a Copa do Mundo no Catar

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Estamos no meio da Copa do Mundo de 2022, e desde a escolha da sua sede, o evento vem gerando polêmicas. A maior competição de futebol do mundo está sendo sediada no Catar, e vários problemas foram apontados na escolha da sede, enquanto outros vêm surgindo conforme o evento avança. Neste artigo, você verá 6 problemas com a Copa do Mundo no Catar – alguns bastante graves.

1. Corrupção na escolha do país

Os problemas com a Copa do Mundo no Catar começaram há 12 anos, na escolha do país para sediar a Copa. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos alegou que, na época, foram pagas propinas a executivos da Fifa responsáveis pela seleção da sede. Apesar de os organizadores do evento terem negado veementemente essa alegação de corrupção, muitos países ainda acreditam nela.

2. O clima

O clima do Catar tem sido um dos grandes problemas para a organização da Copa. O campeonato tradicionalmente acontece no verão do hemisfério norte, mas nesta época as temperaturas excedem os 40 graus Celsius no país do Oriente Médio. Como solução, se resolveu adiar o evento para esse mês de novembro e dezembro, o que atrapalhou as temporadas das maiores ligas europeias.

3. Homofobia

A homossexualidade é ilegal no Catar, o que fez com que muitas pessoas se perguntassem exatamente porque a Copa está sendo realizada em um país tão intolerante. Aparentemente, esse não é um problema tão grave para a Fifa, mas a comunidade esportiva e artística se mobilizou de várias formas.

Alguns cantores convidados para se apresentar no Catar recusaram por questões éticas, como Rod Stewart, que afirmou ter uma oferta de um milhão de dólares para participar. Já os capitães de algumas seleções tentaram protestar durante os jogos com uma braçadeira nas cores tradicionais de apoio ao movimento LGBTQ+, porém foram impedidos pela Fifa.

4. Morte e escravização de trabalhadores

Além da homofobia, há outros problemas relacionados aos direitos humanos com a Copa no Catar. Estima-se que pelo menos 6.500 mil trabalhadores imigrantes tenham morrido durante a construção da infraestrutura para o torneio, como estádios e estradas. Muitas mortes foram atribuídas a causas naturais, e não foram investigadas mais a fundo, mas a suspeita é de que as condições análogas à escravidão, com uma jornada de trabalho de mais de 10 horas por dia sob temperaturas de 45ºC, tenham sido as causas.

Assim como a causa LGBTQ+, essa violação dos direitos humanos gerou protestos no mundo inteiro, inclusive por algumas seleções. Toda a seleção da Alemanha, por exemplo, vem criticando fortemente a Fifa pela sua escolha de sediar o evento no Catar, e já fizeram um protesto colocando as mãos na boca como um símbolo de que foi silenciada e amordaçada pela entidade.

5. Discriminação contra as mulheres

As mulheres são tratadas como cidadãs de segunda classe no Catar, mais um problema que foi identificado com o fato da Copa ser sediada no país. Por exemplo, em um documentário sobre o Catar, um embaixador da Copa do Mundo no país comparou mulheres com doces, e que as pessoas as preferem embrulhadas – ou seja, com a vestimenta tradicional do país. Na mesma entrevista, foi dito que a homossexualidade é um “dano na mente”.

No país, as mulheres vivem sob um sistema opressivo, e precisam de permissão dos homens para casar, viajar, trabalhar, estudar e tomar decisões sobre os próprios filhos. Esses homens são chamados de “guardiães”, e geralmente são os pais, tios, irmãos e maridos.

6. Infraestrutura

Ao selecionar o Catar, uma das questões mais levantadas foi a infraestrutura do país, que não tem uma tradição de futebol e precisou se adaptar durante esses anos. Assim, a falta de infraestrutura foi vista como problema, mas que depois foi “resolvido” com a escravização de trabalhadores migrantes.

7. Proibição do consumo de álcool

Outro problema para algumas pessoas é o controle estrito do álcool no país, que pode acabar afetando a experiência em um esporte geralmente apreciado em conjunto com bebidas alcoólicas. Apesar de ter sido permitida a venda de bebidas alguns momentos antes e depois dos jogos, esta decisão foi revogada dois dias antes do início do evento, o que acabou criando uma polêmica por ser tão em cima da hora.