A atriz Fernanda Torres recebeu recentemente o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação impressionante no filme Ainda estou aqui. Ao vencer o prêmio, ela se tornou a primeira brasileira a conseguir tal honraria e desbancou nomes como Angelina Jolie, Nicole Kidman, Kate Winslet, Pamela Anderson e Tilda Swinton.
Embora o nome de Fernanda Torres nunca tenha estado tão em evidência no país quanto agora, a atriz possui uma trajetória enorme na TV aberta, cinema e teatro. Visando relembrar sua carreira, listamos alguns momentos dos primórdios de Fernanda Torres na TV, para que você possa relembrar e celebrar o início da carreira da atriz.
Primeira aparição
Fernanda Torres fez sua estreia na TV aberta há cerca de 45 anos, quando participou do programa Aplauso, que era uma série de teleteatros semanais mostrando o talento de diversos grandes nomes da dramaturgia brasileira. Na ocasião, Fernanda Torres tinha apenas 13 anos e teve sua estreia encorajada pelos pais, os atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro.
“Sempre fui rata de coxia dos meus pais, ia muito para o teatro, ficava olhando, assistia aos ensaios na mesa de jantar lá de casa. Eu cresci numa época de forte produção teatral deles”, disse Fernanda em entrevista ao site Memória Globo.
Estreia em novelas
Após sua primeira aparição, Fernanda Torres tomou ainda mais gosto pela dramaturgia e, em 1981, teve a oportunidade de fazer sua estreia em novelas, na produção de Manoel Carlos chamada Baila Comigo.
Assumindo o protagonismo
Alguns anos depois, o nome de Fernanda Torres já tinha certa notoriedade na TV aberta, e em 1985 ela foi escalada para dar vida à sua primeira protagonista, a personagem Simone, no remake do sucesso da Rede Globo Selva de Pedra.
Palma de ouro
Em 1986, Fernanda Torres estrelou o filme Eu Sei que Vou Te Amar, e na ocasião, acabou recebendo o prêmio Palma de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Cannes. Sua personagem, que não possuía um nome, foi chamada durante todo o longa de “ela” e precisava lidar com um término de relacionamento.
A sua atuação no filme foi tão marcante que ela se tornou a primeira brasileira a receber um prêmio por interpretação em Cannes. Na ocasião, ela tinha apenas 20 anos.
Indicação ao Oscar
Em 1997, Fernanda Torres participou do longa O que é isso, companheiro? que retratava o período da Ditadura Militar no Brasil. Ela deu vida à personagem Maria, que era uma das líderes de um grupo de revolucionários. A produção acabou sendo indicada para o Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro, mas foi desbancada pelo longa-metragem holandês Character.
Séries de comédia
Depois das diversas experiências em novelas, Fernanda Torres guiou sua carreira para as séries nos anos 2000, principalmente aquelas com conteúdo de humor. Com isso, ela deu vida a personagens icônicas da TV aberta brasileira, como Fátima, em Tapas & Beijos, e Vani, em Os Normais.
“Elas são ótimas. ‘Os Normais’ eu olhei e me achei nova, super-forte, o que foi a Vani e o Rui. Mas hoje em dia fiquei olhando a Fátima. Achei aquilo uma obra-prima, aquelas duas mulheres com aqueles problemas delas, aqueles homens. É incrível porque ‘Os Normais’ hoje não seria possível. Eles saíam e iam namorar, não tinha traição, iam encontrar o vizinho. Eram coisas de uma liberdade que esses jovens não têm mais”, disse Fernanda Torres em entrevista ao Roda Vida.
Consagração
Aos 59 anos, Fernanda Torres conquistou algo inédito para a dramaturgia brasileira: o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama no Globo de Ouro. Anteriormente, o Brasil já teve uma representante na premiação e, coincidentemente (ou não), foi a mãe da própria Fernanda Torres.
Em 1999, a mãe de Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, chegou a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama no Globo de Ouro por sua participação no filme Central do Brasil, mas acabou sendo desbancada por Cate Blanchett. Ainda assim, na época, Central do Brasil recebeu o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro na premiação.
