Você já tomou as duas doses da vacina para Covid-19, está tranquilizado, mas chegou a hora da aguardada dose de reforço. Com isso, é possível que esteja se perguntando: Quais são os efeitos colaterais da dose de reforço da vacina para COVID-19?
Neste texto, falamos um pouco sobre a dose de reforço e os efeitos colaterais mais comuns a partir de dados oficiais de instituições de saúde e das fabricantes das vacinas.
Não será diferente
Antes de começar, precisamos avisar que a dose de reforço, apesar de temida, não é diferente da primeira e segunda doses (ou dose única). Ou seja, caso você tome uma vacina da mesma marca, os efeitos serão semelhantes – e ainda dependerá do seu organismo no momento.
Segundo o infectologista Eder Gatti, do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, “o risco de surgir um evento adverso totalmente inesperado na dose de reforço é menor, mas temos que lembrar que são ofertadas vacinas de outra plataforma que no esquema primário, então a gente espera que ocorram efeitos colaterais já esperados para esses imunobiológicos”.
CoronaVac
A vacina do Butantan produzida em parceria com a chinesa Sinovac é possivelmente a que gera efeitos colaterais com menor frequência. Por exemplo, o Instituto Butantan realizou vários ensaios clínicos para entender quais seriam as reações adversas.
Em adultos entre 18 e 59 anos, os efeitos mais comuns (presentes em mais de 10% dos pacientes) foram dor no local da vacina, cansaço e dor de cabeça. Entre 1% e 10% dos pacientes tiveram enjoo, diarreia, calafrios, dor muscular, tosse, perda de apetite, coceira, coriza, dor nas articulações e congestão nasal. Essas pessoas também apresentaram coceira, vermelhidão, inchaço e enduração no local da vacina.
Os efeitos incomuns, que ocorreram entre 0,1% e 1% dos pacientes, foram um hematoma no local da injeção e reações sistêmicas como vômito, febre, vermelhidão, reação alérgica, vertigem, falta de ar, tontura, dor abdominal, sonolência, mal-estar, dor de garganta, dor ao engolir, espirros, fraqueza muscular, dor nas costas, dor nas extremidades, dor abdominal superior e inchaço.
Pfizer
Já a vacina da Pfizer tem efeitos mais prováveis, mas que são semelhantes aos da CoronaVac. A empresa também fez um teste, desta vez focado em entender as reações à dose de reforço. Nele, se descobriu que 83% dos pacientes tiveram dor no local da injeção. Já 63,7% deles relataram cansaço e 48,4% tiveram dores de cabeça, a maioria delas leves e moderadas.
Outros sintomas presentes (mas menos comuns) foram dor nos músculos e articulações, diarreia, calafrios, febre e vômito. Além disso, algo que os pesquisadores descobriram sobre a dose de reforço é que ela aumenta as chances de você ter inchaço nos gânglios linfáticos.
Moderna
Apesar da dose de reforço da Moderna ser metade da dose comum, os efeitos também são os mesmos. Os mais comuns foram dor no local da injeção, cansaço, dores musculares, dor de cabeça e dor nas articulações. Também há a possibilidade de náusea, vômito e calafrios.
Johnson & Johnson
Por fim, a vacina da J&J, que tem apenas uma dose. Caso já tenham se passado dois meses desde que você a tomou, pode visitar um posto para a dose de reforço. Os efeitos colaterais são os mais comuns, como dor no local da vacina, cansaço, dor de cabeça e muscular, e náusea.
Apesar de haver lugares que dão uma outra dose da J&J como reforço, algumas autoridades recomendam que a dose de reforço seja ou da Pfizer ou da Moderna. Isso porque surgiram relatos que ligam a vacina da J&J a uma condição sanguínea séria, mas extremamente rara.
E se eu não tiver efeitos colaterais?
Se tiver tomado todas as doses sem apresentar os efeitos colaterais, não se preocupe. Muitas pessoas não têm reações, enquanto algumas têm reações leves e outras mais intensas. De qualquer forma, as fabricantes de vacinas afirmam que dificilmente você terá reações que afetem as suas tarefas diárias.