Um dos principais ícones do futebol mundial e maior futebolista da história da Argentina, Diego Armando Maradona encerra sua jornada ontem (25/11), e gera grande repercussão mundial. O ex-jogador sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa, falecendo aos 60 anos de idade. Durante a sua carreira, ele já esteve no topo, como também vivenciou o fundo do poço, e sem dúvidas alguma é um personagem único no esporte digno de ser relembrado e homenageado.
Início de sua carreira
Maradona começou sua empreitada no futebol nas periferias de Buenos Aires, quando aos nove anos passou a fazer parte das categorias de base do Argentinos Juniors. Destacando-se dos demais desde que chegou na equipe, aos 15 anos já fez sua estreia no time profissional, e aos 16 já jogava pela seleção argentina.
De 1978 a 1982
Em 1978, Maradona foi cortado da edição de Copa do Mundo em que a Argentina se sagraria campeã. Contudo, ele dava seus primeiros passos como grande goleador, ao ser o único futebolista a conseguir ser artilheiro de cinco torneios nacionais consecutivos. Em 1981 saiu do Argentinos Juniors, onde havia feito 116 gols em 166 partidas, e foi defender seu clube de coração, o Boca Juniors.
No Boca Juniors, Maradona foi a principal peça na conquista do título argentino de 1981, e nos 40 jogos oficiais que disputou balançou as redes 28 vezes. Porém, sua estadia na La Bombonera durou pouco, e logo o craque foi vendido para o Barcelona.
Em 1982, concretizou-se a negociação do astro com o Barcelona, que desembolsou US$ 7 milhões – a transferência mais cara da história até aquele momento. Na Espanha, não apresentou o rendimento esperado e passou a se envolver com o mundo das drogas, que foi considerado o início da sua derrocada.
História no Napoli
Em 1984, Diego foi vendido novamente, desta vez para o Napoli, e os torcedores da equipe italiana estavam incrédulos. Eles não entendiam por que um dos maiores jogadores do mundo vestiria o uniforme azure.
À frente do clube italiano, Maradona conquistou o bicampeonato nacional, uma Copa e Supercopa italiana, além da Copa da UEFA. Já na seleção argentina, o camisa 10 garantiu a conquista da Copa do Mundo de 1988, foi eleito o melhor jogador do mundo, e durante as quartas de finais do torneio, em partida contra a Inglaterra, gravou na história dois lances que são a síntese da sua carreira – a La Mano de Dios e o Gol do Século.
De 1991 à carreira de técnico
Em 1991, o eterno camisa 10 saiu do Napoli de maneira vexatória, após um certo envolvimento com a máfia italiana. Chegou no Sevilla, mas seu desempenho continuava abaixo do esperado, principalmente por conta de polêmicas. Jogou as Copas do Mundo de 1990 e 1994, e foi até mesmo técnico após receber um “gancho” de 15 meses após ser pego no exame antidoping e testar positivo para uso de cocaína.
Durante os anos de 1994 e 1997, ele jogou novamente pelo Boca Juniors, mas não era o mesmo e acabou anunciando sua aposentadoria após mais um escândalo, onde foi pego mais uma vez no antidoping. Anos após parar de jogar, passou a ser treinador, e esteve à frente de vários clubes, como o Gimnasia y Esgrima, Al-Fujairah, Wasl e Dorados de Sinaloa. Também liderou a Seleção Argentina do banco – mas bem diferente de sua carreira como jogador, a de técnico não foi tão bem sucedida, não conquistando nenhum título oficial.
Despedidas e homenagens
Desde a morte do jogador, diversas celebridades e futebolistas vêm prestando suas homenagens a Dom Diego.
No Instagram, Pelé falou que perdeu um grande amigo, e o mundo perdeu uma lenda. Já Cristiano Ronaldo comentou no Twitter: “…o Mundo despede-se de um génio eterno”. Lionel Messi também se manifestou: “Ele nos deixa, mas não vai, porque Diego é eterno”.