A hipertensão arterial é uma condição que acomete cerca de 25% da população adulta brasileira. Ela ataca o coração, os vasos sanguíneos, o cérebro e outras regiões do corpo, ocorrendo à medida que a pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Se você tem pressão alta, já deve ter recebido recomendações médicas para manter uma estabilidade e evitar possíveis complicações da doença, como ataques cardíacos e outras condições cardiovasculares.
A seguir, estão algumas coisas que você deve evitar se sofre de pressão alta, de acordo com guias disponíveis na biblioteca virtual da saúde do Ministério da Saúde
- fumo;
- consumo de bebidas alcoólicas;
- excesso de peso e obesidade;
- estresse;
- consumo excessivo de sal e alimentos com altos níveis de colesterol;
- sedentarismo.
É importante manter o peso adequado para a sua altura e estilo de vida, tanto através da alimentação quanto através de exercícios físicos. Para garantir a saúde cardiovascular, exercícios aeróbicos são uma recomendação, como caminhada, corrida e ciclismo.
A alimentação, por sua vez, deve ser constituída de alimentos naturais e minimamente processados, com foco em fibras e proteínas vegetais reduzindo assim a quantidade de açúcar adicionado e colesterol na dieta.
Na maioria dos casos, a hipertensão arterial é herdada dos pais. A incidência da doença é maior em pessoas negras, e ela é mais comum em homens com até 50 anos, mulheres acima de 50 anos e diabéticos.
Sintomas e diagnóstico da pressão alta
Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pessoa tem um pico na pressão ou em estágios mais avançados da condição. Nessas situações, a pessoa pode sentir dores no peito, ocorrência de sangramentos (como um sangramento nasal), dor de cabeça, zumbido no ouvido, tonturas, fraqueza e visão embaçada.
Para fazer um diagnóstico precoce da doença sem esperar chegar ao ponto de sentir sintomas, é preciso medir a pressão de forma regular. Pessoas acima de 20 anos de idade precisam medir a pressão pelo menos uma vez por ano para identificar anormalidades. Para aquelas pessoas que têm casos de hipertensão arterial na família, é recomendado medir no mínimo duas vezes por ano.
Tratamento da hipertensão arterial
Em geral, há dois tipos de tratamentos para a hipertensão arterial: com ou sem o uso de medicamentos. O tratamento não medicamentoso é recomendado para pessoas que apresentam uma hipertensão leve, com a pressão mínima entre 9 e 10.
Neste caso, é preciso fazer mudanças no estilo de vida, evitando sal em excesso, bebidas alcoólicas e fumo; praticando exercícios físicos; se alimentando de forma saudável e controlando o peso e o estresse.
Para pessoas obesas ou com sobrepeso, a perda de peso pode ser importante para uma redução da pressão arterial. Existe uma relação comprovada entre o aumento do peso corporal e da pressão arterial. Conforme o Dr. Drauzio Varella, a cada 1 kg de peso eliminado, a pressão do hipertenso pode cair de 1,3mmHg a 1,6mmHg em média.
O tratamento medicamentoso se torna necessário quando a pressão é alta demais para outro tipo de tratamento ou para quando o indivíduo não consegue ver uma diminuição na pressão mesmo após as mudanças no estilo de vida.
Neste caso, o médico poderá receitar um medicamento vasodilatador para relaxar os vasos sanguíneos. Alguns desses medicamentos agem como diuréticos, fazendo a pessoa perder um pouco de sal e água, enquanto outros provocam menos efeitos colaterais.
Dicas
Mesmo que o seu tratamento para hipertensão arterial seja medicamentoso, é necessário fazer mudanças no estilo de vida para ver uma melhora real em sua condição.
Assim, evite os hábitos e tipos de alimentos que listamos no início desse artigo e acompanhe a sua pressão arterial com regularidade, anotando cuidadosamente os valores para que seu médico possa avaliar a eficácia do tratamento.